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DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.4676182


 DIALETICS OF AUTHORS: METHODOLOGICAL PROPOSAL FOR RESCUE OF INITIAL AND CONTINUING QUALITY TRAINING OF BASIC EDUCATION TEACHERS, MODERN CHALLENGES OF HUMAN RIGHTS

 

Dirceu Manoel de Almeida Júnior

Possui graduação em pedagogia e História pelo instituto de educação e ensino superior de samambaia (2012). Professor de educação Básica da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Mestre em Direitos Humanos

 

Tatiany Michelle Silva e Almeida

Possui graduação em Biologia pela Universidade Estadual de Goiás (2013) e licenciatura em Pedagogia pela Universidade do Tocantins (2008). Especializada em Psicopedagogia institucional , Orientação Educacional e Infância e Direitos Humanos, Educação Básica com Ênfase na Educação Inclusiva e mestranda em Ensino de Ciências Ambientais pela Universidade Nacional de Brasília. Atua como docente na SEDF e tem experiência na área de Coordenação de projetos Pedagógicos e interventivos. E professora e pesquisadora nas áreas de Educação Ambiental e de Educação Inclusiva.

 

Resumo: O texto surge da provocação e constatação da UNESCO e do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, de que a profissão Docente perdeu prestigio a partir da metade do século XX, gerando não um tema sociológico a ser estudado, e sim um problema social muito caro aos Direitos Humanos, pois educação é pontapé inicial para usufruir todos os outros Direitos, por isso se justifica a pesquisa sobre formação inicial de docentes, pois manipula bem social inestimado, Educação. Então o trabalho tem por objetivo teorizar sobre formação inicial docente, percorrendo o caminho histórico da falta de formação adequada inicial de docentes da Educação Básica Sugerida pelo BID e UNESCO. Pretendemos sinalizar uma metodologia que busque caminhos de revitalização da qualidade política docente, em propor aprendizagem autoral, que é o que leva a cidadania participativa (Demo, 2015), prática pouco utilizada na educação básica mantendo o estudante como objeto da educação, não como protagonista de sua emancipação. Não por culpa do professor e sim por culpa de políticas públicas que mantem a educação baseada em aula instrucionista que é copia da copia.  Propomos um caminho metodológico que leve a autonomia e a emancipação do estudante, nesse sentido percorremos uma dialética da autoria onde o estudante é protagonista de sua cidadania participativa com qualidade política autoral.

Palavra chave: Formação Docente; Emancipação; Aprendizagem autoral; Dialética da autoria; autoria.

 

Abstract: The text comes from the provocation and observation of UNESCO and the Inter-American Development Bank - IDB, that the teaching profession lost prestige from the middle of the twentieth century, generating not a sociological theme to be studied, but a very social problem. expensive to human rights, because education is a kick-off to enjoy all other rights, so research on initial teacher training is justified, as it manipulates priceless social good, education. So, the paper aims to theorize about initial teacher education, following the historical path of the lack of adequate initial teacher education in Basic Education suggested by the IDB and UNESCO. We intend to signal a methodology that seeks ways of revitalizing the quality of political teaching, proposing authorial learning, which is what leads to participatory citizenship (Demo, 2015), a practice little used in basic education keeping the student as an object of education, not as a protagonist. of his emancipation. It is not the fault of the teacher but the fault of public policies that maintain instructional class-based education that is copy of copy. We propose a methodological path that leads to the autonomy and emancipation of the student, in this sense we go through a dialectic of authorship where the student is protagonist of his participatory citizenship with authorial political quality.

Keyword: Teacher Training; Emancipation; Author learning; Dialectics of authorship; authorship.

 

Introdução

          Busco nesta introdução iluminar três pontos fundamentais para este texto, o primeiro é o objeto de pesquisa. Educação, seja ela formal ou informal, é direito fundamental da pessoa humana. Precisa ser ofertada com qualidade formal e política, entre os dois lados da face da qualidade será importante o estudo mais aprofundado da face política, que neste trabalho se apresenta como participação autoral dos discentes. Sabemos que autoria não acontece da noite para o dia, é processo em que figura decisiva é o professor/orientador onde há uma desconstrução cultural e histórica do processo de ensino e da aula, para se iniciar um processo de aprendizagem autoral, que é requisito fundamental para exercício da cidadania plena. Existem alguns caminhos para se chegar

 

à autoria, propomos o ensaio de um destes caminhos. O terceiro ponto é a definição conceitual da vértebra da autoria, que propomos como princípio básico para se chegar à produção autoral (Metodologia). São eles: – Ensino. Qualidade política. Autonomia. Aprender a Aprender. Emancipação e Autoria.

          Discente adquire qualidade formal e política na pesquisa e na autoria, aprendendo a aprender tendo como insumo o ensino, a aprendizagem e a aula que não pode ser regra e sim exceção. Construir caminho autoral é mudança de paradigma onde se passa pelo que está posto pela cultura e a história, avanço de mero reprodutor, copiar e colar, para produção autoral, então é preciso ter compreensão clara do caminho a ser transformado.

           Formação stricto sensu se faz a partir da pesquisa e da formação autoral e seu resultado é produção de conhecimento constante, que é posto a prova em publicações de artigos e livros científicos que contribuem para diagnosticar e intervir na sociedade, principalmente em educação, pois nas escolas e universidades estão aqueles que fazem da pesquisa como “principio cientifico e educativo” (Demo, 2005, p. 31) sua vida profissional, produção de conhecimento é essencialmente qualidade formal e política participativa como sugere (Demo, 2008, p. 146): “na sociedade, o sentido da perfectibilidade passa por conceitos como participação, democracia, cidadania, sugerindo que será tanto mais perfeita, quanto mais participativa”, educação e pesquisa em educação, publicações, são responsáveis por provocar, no sujeito, a consciência da cidadania plena. É o sujeito capaz de ser autor de sua própria vida, participativo em sociedade, conhecedor dos direitos individuais e coletivos, articulador de melhorias sociais, em casa, no bairro, na escola e na sociedade, esse caminho é percorrido com orientação e mediação. Figura clássica desse métier é o professor, e principalmente o professor stricto sensu, pois passou por esse percurso, que sugere que sua produção deve seguir essa provocação. Sugerimos que a formação Stricto sensu deve ser estendida a todos os professores da educação básica.

 

 

Caminho metodológico possível para a dialética da autoria.                

          Ensino – se em educação, e majoritariamente, a universidade e na escola básica pública, temos um sistema de aulas, o ensino é o que se consegue com ela. Ensino é transmissão, é reprodução, é copiar. Na educação básica, salvo algumas exceções, o professor se preocupa em ensinar, ou seja, transmitir o que a secretaria de educação propõe, transmitir o currículo, copiar livro no quadro negro para que os educandos façam copia de copia, instrucionismo descarado, memorização. Todos os anos milhões de estudantes se (de)formam no ensino médio, através do sistema de ensino, e acabam não aprendendo nada, é só olharmos os resultados do exame nacional do ENSINO médio – ENEM, dos últimos anos. Interessante é que, o próprio nome já indica o que é: Ensino, cópia, reprodução. Como fica o professor e o ensino, porque não se liberta? A educação e principalmente a educação superior perpetua a cultura da aula para o ensino instrucionista, professor se formou tendo aula de ensino e a única coisa que sabe é ensinar através de aula, atualmente nas licenciaturas, que formam professores, são quatro anos de ensino, aulas e de lá se sai sabendo ensinar e dar aulas. “todas as aulas foram dadas, todas as provas aplicadas, todos os conteúdos transmitidos, essas atividades de ensino soam sugestivamente inúteis” (DEMO, 2018, p.10) Podemos pegar qualquer licenciatura e analisar o plano de ensino ou o plano de aula, vamos perceber que eles propõem aulas copiadas, reprodução arcaica, não inova e nem se renova (GATTI e NUNES, 2009). O ensino é contraproducente, é antinatural apesar de ser cultural, é pobre não tem efeito formal ou político deixa sua clientela cada vez mais miserável, ensino é sistema de dominação e manutenção do status quo, é imoral apesar de seguir a moral, é a prisão sem grades, mas tem grade curricular, é pura ignorância e torna o aluno “vítima de aula” (DEMO, 2017).

          Qualidade política – sabemos que no processo de fazer ciências são considerados abordagens quantitativas e qualitativas, e aquela trata de quantidades, de medir o concreto, a forma, o tamanho, a extensão, é o perceptível, o quantificável, não que seja mais fácil, e só diferente; esta é de difícil percepção pois parece que se esconde, precisa ser escavada com vivencia, convivência e afinidade ideológica, é preciso participar do fenômeno para  percebe-la (DEMO, 1991; FREIRE, 2016). Historicamente o povo, a grande massa, esteve afastada da qualidade política, lhes foi tirado a possibilidade de conhecê-la, e uma pequena elite decidiu o destino de todos por muito tempo “parece claro que o homem é pintado mais como conduzido do que como condutor de sua história” (DEMO, 1988, p.14), temos então que o homem ficou afastado das decisões de seu destino, ficando nas mãos de poucos. Na dimensão humana político é quem possui conhecimento e reflexão histórica, conhece os problemas sociais e pesquisa para resolvê-los. É participativo, atuante, ativo. Tem os caminhos de sua vida nas próprias mãos. Busca e cria direitos contra a opressão e a subserviência. Tem ações próprias e se articula em grupo para preservação e conquista de seus interesses. Participação é categoria básica para exercício da cidadania. Não seria exagerado evidenciar que a marca mais forte da qualidade política do povo esteja em sua articulação como sociedade civil, contra o Estado e a elite econômica, principalmente contra a pobreza material e política imposta, e esta só pode ser resolvida com educação de qualidade, que é negada com o sistema de aulas que não politiza ninguém, é a reprodução de um sistema de exclusão onde não se aprende, apesar de ter aulas, muitas aulas. Aponta-nos (FREIRE, 2016, P. 108) que “A educação não vira política por causa da decisão deste ou daquele educador. Ela é política”. A possibilidade da educação, da mudança de pensamento, da construção própria, da autonomia, do reconhecimento da opressão e a possibilidade de luta, define o quanto a educação é política. Libertadora. Cidadã. Podemos ter também a política da aula, do ensino, da instrução que é política perversa e atuante na universidade e na escola. Política da elite reservada às massas. Cidadania organizada, em uma sociedade, é o eixo central da qualidade política, pois as associações que lutam e buscam direitos individuais e coletivos podem alcançar qualidade de vida para muitos que precisam de trabalho, educação e saúde. Qualidade política está na ordem da conquista humana, pois só o homem pode ser sujeito, ator da participação, da articulação, da emancipação, do entendimento do que é melhor para si e para o grupo. Educação é ferramenta decisiva para qualidade política. 

          Autonomia – para sublinhar a autonomia, pelo menos em educação, é preciso ter em mente que ela é orientada eticamente. Temos dois polos éticos em educação, o primeiro se refere ao ensino, à aula que é formal e deixa da mesma forma, pequena ética que é a do Estado ao oferecer à grande massa “uma escola pobre para o pobre”(DEMO, 2018, p.139). O segundo se refere à orientação/mediação para a autonomia, autoria e pesquisa, e essa necessita do grande compromisso ético do professor para que aconteçam (FREIRE, 2016), dada as devidas proporções, em educação a autonomia está correlacionada ao professor. Professor que aprende bem, pesquisa, autoria e autonomia, proporciona aprendizado adequado quando tem compromisso ético, (Demo, Aprender como autor, 2015a; Demo, Educar pela pesquisa, 2015b; Freire, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, 2016). Um passo importante para a autonomia é trabalhar essa prática desde os primeiros anos escolares “desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 2016, p. 24). Cabe explicar para os nãos leitores da obra de Paulo Freire que quando ele coloca o termo ensinar, não se refere ao ensino já definido neste texto, instrução, cópia, aula. Ensinar para Freire é propor condições, mediação para a formação do sujeito autônomo. Como a língua é viva dinâmica e evolui, pelo menos para uma grande parcela dos autores críticos o termo ensino ganhou novo significado. Ensina-nos (FREIRE, 2016, p.67) que “como professor preciso me mover com clareza na minha prática. Preciso conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da prática, o que me pode tornar mais seguro no meu próprio desempenho”. Pensando no conjunto de professores, que são muitos por toda a extensão territorial, temos a multiplicidade de práticas pedagógicas, maneiras, escolhas pessoais e profissionais de exercerem a profissão, pautados por essa ou aquela teoria, e como ser professor é cuidar que o aluno aprenda (DEMO, 2005) propomos que seja feito pela via da autonomia, sendo uma prática da boa ética, que cuida do pensar, da produção orientada, do preparo para o voo solo com qualidade formal e política. Autonomia é também responsabilidade política (FREIRE, 2016). É a consciência aprendida de que o sujeito tem que lutar pela vida, pelos seus direitos, pelas mudanças sociais e principalmente pela educação que é a mola propulsora contra as opressões dos sistemas políticos, econômicos e sociais. É a luta ética justa do professor no dia a dia em comunidades carentes, em que se deve inculcar na comunidade que a participação política esclarecida é degrau para se obter justiça social e cidadania. Autonomia é processo lento e doloroso é lutar contra o sistema cultural de dominação histórica, professores são elementos decisivos neste desafio, precisam de qualidade formal e política para auxiliar na construção da autonomia do outro, por isso é importante cuidar do professor com bons salários e principalmente com formação continuada de qualidade (DEMO, 2004) mestrado e doutorado. O correto seria mudar o sistema de ensino e, desde as primeiras séries, educar através da autonomia mediada, pesquisa e autoria seriam os pontos centrais de educação, assim sendo, os educandos ao chegarem à graduação já teriam domínio da produção do conhecimento, que, via de regra só se tem no mestrado e no doutorado, um contrassenso. O educando fica a vida toda em um sistema de aulas aprendendo fazer cópia e repetir o que os outros fizeram, verdadeiros papagaios da produção alheia, não produzem nada, não podem pensar de outra maneira porque o professor não aceita, são condicionado a obedecerem à ordem do professor e futuramente do patrão, sem questionar, puro instrucionismo (DEMO, 2015a; DEMO, 2015b; FREIRE, 2016). O educando adestrado ao sistema de aulas, quando chega ao mestrado se sente o peixe fora d’água, o patinho feio, acredita ter algum problema cognitivo! Será cobrada autonomia e é exatamente o que ele não aprendeu a vida toda no sistema de aulas. Portas abertas para o desespero, a depressão e à evasão sofrida, pois o caminho para chegar ao mestrado foi duro, o ano propedêutico é decisivo e aqui ele se configura até a qualificação onde o projeto tem que está pronto e precisa mostra autonomia formal e política. É hora de correr atrás do tempo perdido com aulas e buscar autonomia, pensamento próprio, autoria, pesquisa própria, e “a isto corresponde a “expulsão” do opressor de “dentro” do oprimido, enquanto sombra invasora. Sombra que, expulsa pelo oprimido, precisa ser substituída por sua autonomia e sua responsabilidade” (FREIRE, 2016, p.81). Vale relembrar que autonomia não acontece da noite para o dia. É forjada, ou não, na vivencia, na convivência e na mediação social, principalmente familiar! É preciso ser esperto e “capta[r]  logo que aprender não é escutar aulas, é exercitar autoria todo dia”(DEMO, 2015a, p.35). Educacionalmente o professor novamente aparece como figura decisiva, mediador da autonomia, consciente de que “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém” (FREIRE, 2016, p.105). É função ética preparar o educando para autonomia, para a autenticidade para a liberdade de pensamento e decisão. Autonomia é fazer caminho próprio com orientação e mediação, que se perpetua pela vida toda, a cada autor lido recebemos autonomia orientada e mediada. Lemos autores para nos tornarmos autores, e nunca somos sozinhos.

          Aprender a aprender – Interessante que no métier da educação superior e da educação básica ouvimos, na escola, nas reuniões pedagógicas e nos cursos de formações continuadas, o termo aprender a aprender ser usado como se fosse praticado religiosamente dentro das IES e escolas, o que se percebe é que se fala da boca pra fora, jogo de representação e poder furado de vivaldinos (DEMO, 1982) que se dizem, e se acham professores de primeira linha, enchem a boca para dizer: - Eu tenho 20 (vinte) anos de sala de aula! Quer saber mais do que eu? O silencio em seguida é vergonhoso. O certo é que se usa do argumento de autoridade (tempo de serviço) não da autoridade do argumento (Produção autoral) (DEMO, 2008), pois não se ver nem na teoria e nem na prática atividades do aprender a aprender em cela/sala de aula, tá aí o índice da educação básica para corroborar conosco. O que é o aprender a aprender? Não temos resposta pronta, fechada, pois em ciências nada está fechado, resolvido, acabado, mas podemos trilhar um caminho possível, bem interessante, e qualitativo para o aprender a aprender. Sua dimensão está no saber pensar, reformular conhecimento disponível para intervir de formar eficiente na realidade, é processo de inovação questionadora e como tal, está na ordem da (re)construção de conhecimentos através da pesquisa e da autoria crítica e autocrítica, “educação encontra no ensinar e no aprender apenas apoios instrumentais, pois realiza-se de direito e de fato no aprender a aprender”(DEMO, 2014, p.134). Se em nosso sistema de aulas se ensina através da cópia, o aprender a aprender dá um salto qualitativo ao reformular, reconstruir, criar proposta nova a partir da cópia e da aula, insumo. O problema da cópia é que ela não se reconstrói, não se reinventa. Um texto que foi produzido em um determinado tempo, para uma determinada sociedade em uma determinada cultura é apresentado em sala de aula nos dias de hoje, para ser copiado, decorado e avaliado através de prova. Não existe aprendizagem! Ler os clássicos não é problema, o ruim é ficar com a cópia nua e crua, ou seja, não inovar a leitura, não construir ideia nova através do clássico. Aprender a aprender requer habilidade de reformular o clássico, pegar a cópia e dar uma nova dimensão, uma nova interpretação, uma nova qualidade ao texto, reconstruir, reescrever e contextualizar com o momento histórico e cultural do sujeito. Através da leitura de autores é que aprendemos e nos tornamos autores (DEMO, 2005). Tornamo-nos autores pela competência reconstrutiva, e os conhecimentos disponíveis não são para serem copiados, são a base, o insumo para a releitura, a reformulação, a reconstrução, para a pesquisa e para a autoria! É processo doloroso, pois pensar doí. É preciso vencer alguns desafios: 1°- abandonar a cultura da aula e aprender a pesquisar, tarefa nada fácil, mas com calma e muita leitura se chega lá; 2° - saber o que ler. Não adianta ler qualquer coisa é preciso se abster das leituras instrucionistas, das leituras que não provocam o pensar próprio, receitas prontas, soluções para tudo, e preciso ler a teoria crítica, pelo menos em parte, e mesmo assim ler desconfiando. 3º - escrever, reescrever, reformular o conhecimento disponível, para se chegar à produção própria. Aprender a aprender é nutrido pela construção própria dos educando, claro que inicialmente mediada, supervisionada, acompanhada pelo professor mediador, é participação ativa em debates, dúvidas e soluções das questões educacionais, é a virada da quantidade de cópias, passividade, inercia, letargia, do instrucionismo para a qualidade de construção e da participação autoral. Aponta-nos (DEMO, 2015a, p.32) que “aprender a aprender é uma das habilidades humanas mais finas e decisivas, desde que crítica autocrítica.

          Emancipação – para desenhar o conceito de emancipação partimos do que é essencial na vida! Alimento! Ao nascermos começamos aprender, mas o que impera é o instinto de sobrevivência, somos programados sensorialmente para buscarmos o alimento no seio materno, estamos de algum modo, dependentes da progenitora para garantirmos os nossos primeiros anos de vida.

Disto decorre que todo ser vivo é chamado à autonomia por conta de sua própria dinâmica vital interna. Todo animal, como regra, nasce pequeno e geralmente precisa de cuidados maternos, por vezes de maneira fatal, como é o caso do ser humano. Mas, com o tempo, ao desenvolver-se de maneira autopoiética, vai tornando-se autônomo naturalmente, ou morre” (DEMO, 2004, pp. 12-13).

          Com o avançar da aprendizagem iniciamos processo autoral e começamos a nos alimentar sozinho, a autonomia começa a aparecer na vida. Em certo sentido autonomia é se livrar que outras pessoas façam por você o pode ser aprendido e feito de modo autoral, qualidade política, participação.  A vida é repleta de ritos emancipatórios, do engatinhar ao andar, do balbuciar ao falar, do jardim de infância à formatura na faculdade, do desemprego ao emprego. Na verdade viver é um ciclo emancipatório, só que podemos dividir emancipação em duas categorias, a comum e a cidadã. Emancipação comum é aquela que passamos por força de pressão biológica, social ou familiar e que atinge a grande maioria dos seres humanos – comer, falar, trabalhar, casar, ler, escrever, é a emancipação do povo, não por escolha própria, e sim por força cultural e histórica. Emancipação cidadã é composta da comum e dá um passo a frente, pois incorpora qualidade formal e política adquirida através de educação autoral que forma sujeito protagonista da cidadania, capaz de ler a vida e intervir de forma crítica e autocritica. É preciso entender que emancipação não é ser um idiota com atitude e sair fazendo tudo que der na telha. É preciso emancipação social para está no centro da sociedade, ou seja, é preciso está pronto para competir ao pé de igualdade com a elite, estamos no campo da emancipação da pobreza do pobre, seja ela formal ou política. O rico não precisa se emancipa, já nasce nesta condição através do dinheiro. Emancipação tratada aqui é a do miserável que pode mudar sua história através da educação. DEMO, 2005 sugere que:

Para contribuir na libertação do marginalizado, há que, antes de tudo, reconhece-lo como dotado de cultura própria e capaz de história própria. É imprescindível partir dele, não de noções prévias oriundas de outro contexto cultural. Mas, se é ponto de partida, não é necessariamente de chegada, porque o marginalizado precisa participar da cultura dominante, já que aí está sua arena de luta. Seus adversários na rota emancipatória não são os pares marginalizados, mas a elite. Assim, cabe respeitar a linguagem própria do marginalizado, mas precisa impreterivelmente aprender a linguagem culta, dominante, porque é esta que lhe faculta confrontar-se mais adequadamente. Caso contrário, recaímos na escola pobre para o pobre (DEMO, 2004, p. 29)

                Faculdade, escola e professor operacionalizam o bem mais valioso para a emancipação! Conhecimento, aprendizagem, aprender a aprender, autonomia e autoria! Se trilhar no caminho da autoria discente, teremos uma sociedade mais justa e cidadã. Pedro Demo já vem dizendo há muito tempo, para se emancipar “o processo estará marcado por pesquisa e elaboração própria (DEMO, 2004, p.69).

          Autoria – “é entendida como habilidade de pesquisar e elaborar conhecimento próprio, no duplo sentido de estratégia epistemológica de produção de conhecimento e pedagógica de condição formativa” (DEMO, 2015a, p. 08). A produção do mundo, livros, filmes, músicas, a vivencia, a convivência e a ideologia são insumos para a reconstrução autoral. É fácil ver que na profissão professor são poucos os que trilham o caminho da autoria, coisa pra gente mais chique, mestres e doutores. Claro que o problema da não autoria é inculcado na formação inicial onde, qualquer colcha de retalhos como trabalho de conclusão de curso serve! Ser autor mesmo, sempre fica pra depois, se cair nas graças do mestrado e do doutorado. Nossa provocação e crítica vêm para que se pensem as futuras e as atuais gerações de professores e estudantes, onde o professor é peça essencial para a formação de sujeitos que sejam autores e pesquisadores. Autoria se faz com mentes capazes de reconstruir conhecimento atual, dinâmico, então é preciso cuidar do professor primeiro e depois do estudante, (DEMO, 2015a; 2015b; 2018) é capacidade de leitura e de intervenção na realidade, mudança de paradigma onde aula fica em segundo plano, o que interessa é a produção própria do estudante, fundamentada e reelaborada. O ato de ler não pode ser instrucionista “ler não é absorver; é reinterpretar, ou seja, um ato de autoria ou contra-autoria” (DEMO, 2015a, p. 108) é preciso aprender a leitura reinterpretativa e usa-la no contexto social atual, leitura cidadã.  Para ensaiar autoria é preciso levar em consideração dois pontos. O primeiro é a autoridade do argumento. Para os neófitos em autoria (que é meu caso) é preciso, como colocou Bernardo de Chartres, nanos gigantum humeris incidentes, “descobrir a verdade a partir das descobertas anteriores” e Issac Newton, “se vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes” (Pt.wikipedia.org/wiki/Sbre_os_ombros_de_gigantes) duas lições de autorias em que o conhecimento anterior produzido vira insumo para a autoria, é preciso reconstruir o que os gigantes fizeram, partindo da leitura (reinterpretar) e produzir algo atual, novo, diferente, importante será a fundamentação que fornecerá a autoridade do argumento (qualidade formal), não se é autor do nada, se é autor a partir de outros autores, da leitura, da interpretação, da aplicação social da teoria lida (DEMO, 2015a). O segundo ponto, cuida da qualidade política em saber raciocinar, “é convencer sem vencer” é argumentar de forma elegante coerente e racional” (DEMO, 2004, p. 20) deixa-se longe o argumento de autoridade e recepciona a autoridade do argumento, tendo como foco o questionar hábil, fundamentação pertinente, argumentos e contra-argumentos, estudo crítico e autocritico, fazer leitura de autores para tornar-se autor é o sujeito autônomo, não autômato! (DEMO, 2004). É preciso cuidar da qualidade formal, da habilidade de pesquisa, do conhecimento dos textos e tratamento de dados e logo da qualidade política crítica e autocrítica de argumentar com autoridade fundamentada. É preciso cuidar da qualidade política para se chegar à autoria que vale a pena! É a autoria cidadã, aquela que cuida principalmente de proteger direitos dos mais vulneráveis (educação), denunciando as agressões sociais imputadas a uma grande maioria carente de saúde, trabalho digno e principalmente educação, cidadania é autoria e vice versa. Podemos pensar em vários tipos de autoria. Musical. Cinema. Teatro etc. Para nós, hoje, a autoria que nos chama atenção é a autoria discente que passa por um processo para ser construída e precisa ser balizada, orientada, cuidada, e professor é mediador para se chegar a ela “estudante não aprende escutando conversa, mas produzindo conhecimento próprio” (DEMO, 2015a, p. 12) e esse caminho a pós graduação conhece muito bem quando cuida de seus mestres e doutores, se aprende como autor com autor para se tornar autor. Nos cursos de mestrado e doutorado autoria está na flor da pele, pois a pretensão dos cursos é a de formar pesquisadores produtivos, escritores que discutirão os caminhos da ciência e sua reelaboração, autoria é reconstrução de conhecimento, não reprodução! É elaboração própria (DEMO, 2015a). Por fim, a vértebra de conceitos definidos nos dá a ideia de capacidade educativa de mediação para a autonomia, pesquisa e autoria. Educando que aprende, o que é ensino, qualidade política, autonomia, aprender a aprender, emancipação e autoria estará pronto para, através da educação e da autoria, lutar, afirmar e reafirmar a cidadania a democracia e os direitos humanos, é o que se espera!

 

Formalização da Dialética da autoria

          Pretendemos esboçar minimamente uma dialética da autoria, então recorremos aos seus conceitos mais embrionários, entendidos por nós, e que já foram tratados na introdução deste texto como vertebra da autoria, que acaba dando um passo qualitativo ao ser proposta como vértebra da dialética da autoria, pois, vem caminhando dialeticamente com mútua necessitação e independência relativa entre seus termos até chegar à autoria, que é em ultima análise, cidadania política plena. Para argumentar a favor de uma dialética da autoria podemos trazer o conceito de unidade de contrários, que “significa o reconhecimento de realidade intrinsecamente dinâmica, porque atravessada por forças polarizadas de componentes que, ao mesmo tempo, formam e instabilizam o todo” (DEMO, 2008, p. 108), estamos no campo da inclusão não da exclusão estanque, trata-se do amalgamar! Mesmo que polarizado, por isso contrário, não contraditório. É como a dinâmica da física onde os opostos se atraem (elétrons, prótons e nêutrons) formando uma outra quantidade e qualidade, onde o todo (átomo) é sempre precário podendo ser reconfigurado a qualquer momento. Para nós que temos o ensino como base para a educação, que é instrumentalizado através de aulas, que é antes de tudo má prática (DEMO, 2018), podemos ver avanços quando a aula se desdobra em qualidade formal, e o estudante passa a utilizar o ensino metodologicamente, sabendo, mesmo que de forma precária, formalizar o que lhe foi ensinado. Podemos ver um passo à frente, do mero ensino instrucionista, sem qualidade formal. Não estamos dizendo com isso, que o processo para se chegar à dialética da autoria é linear, pelo contrário, o processo é autoral e provocado, por isso dinâmico e dialético sempre! Só estamos fazendo uma organização metodológica, ou como se diz em ciência, formalizando possibilidades.

          Aprendemos que “é próprio da dialética não reduzir um termo ao outro, mas manter entre eles relacionamento polarizado tipicamente não linear” (DEMO, 2008, p. 112), o que iluminamos é que se pode sempre da um passo a frente, dialeticamente falando, através da formalização proposta, dialética da autoria. Para qualidade formal se desdobrar em maiêutica questionado é só questão de orientação, como nos ensina Sócrates, não é percorrer o caminho pelo estudante e sim lhe mostra um caminho possível a ser percorrido. A dúvida é parte fundante da construção do conhecimento e da autoria, por isso lemos autores para nos tornarmos autores (DEMO, 2015a), pois através da autoria a aprendizagem surge, brota, inquieta o indivíduo. Uma das marcas mais interessantes da dialética esta em sua capacidade de conscientização de que o sujeito é político, principalmente quando essa conscientização desperto a qualidade política participativa, da própria vida e da construção social de qualidade, principalmente para os mais vulneráveis, que acaba sendo nossa hipótese básica de trabalho, onde educação, principalmente stricto sensu caminha para a dialética da autoria.

          Autonomia pode ser observada pela dinâmica dialética da natureza, principalmente pela sua auto-organização (DEMO, 2008), na sociedade e principalmente em educação autonomia se mostra na capacidade de “conquista de espaço próprio” (DEMO, 2008, p. 113) é o saber fazer para melhor intervir em sociedade, é produzir dialeticamente para provocar capacidade política de participação, principalmente autoral.

          Aprender a aprender é construção dialética fundamental no processo de autoria, aponta para a capacidade construtiva e reconstrutiva de conhecimento, é saber pensar e articular conhecimento disponível para a construção e reconstrução autoral, evolui a partir da autonomia educacional, é dialética onde o amalgamar das categorias anteriores se desdobram em aprender a aprende, tornando o indivíduo, pelo menos em educação, emancipado em certa medida para o exercício da autoria dialética e cidadã. Dialética porque ninguém é autor sozinho, inédito:

Retomando a morte do autor de Barthes (1977), referia-se à discussão hermenêutica de fundo em torno da produção textual que não admite autoria plenamente original, porque nenhum autor é plenamente original. Como costumava dizer, é a cultura que fala, mais que o autor como parte da cultura. Quando engendramos um texto, inevitavelmente partimos de outros textos, da linguagem que dominamos e recebemos da tradição, de sorte que não há palavra primeira, nem ultima. Não se trata de voz solitária, mas de uma polifonia de vozes rearticuladas em cada nova obra. O termo morte do autor é forte e talvez excessivo, porque Barthes queria apenas desconstruir pretensões exacerbadas de autoria e a celebração subserviente de autores. O autor totalmente original morreu, pois nunca existiu. Na natureza conhecida, coisas novas são feitas de coisa anteriores, já que do nada não vem nada (ex nihilo, nihil fit), como é nosso caso: cada novo ser humano tem sua chance individual irrepetível, mas é ser de outro ser. Assim, a natureza não cria no sentido forte do termo, mas renova, sendo isso que ocorre com um livro novo. Alguns são muito inovadores, outros são menos, e outros parecem ou são cópias. Todos conhecemos as agruras do mestrado/doutorado que precisa fazer algo original, aproveitando autores anteriores – não pode plagiar, mas também não se lhe dá liberdade para criar o que quer, já que, para ser aprovado, precisa do beneplácito institucional e respectiva obediência. (DEMO, 2015a, pp. 14 – 25)   

          O que nos é importante escavar no fragmento do texto acima, são as indicações de uma dialética autoral, que percebemos em várias partes do fragmento: -“quando engendramos um texto, inevitavelmente partimos de outro texto”, “não se trata de voz solitária e sim de uma polifonia de vozes rearticuladas em cada nova obra”, “na natureza conhecida, coisas novas são feitas de anteriores, já que do nada não vem nada”. Podemos extrair uma dialética que vem do plano do conhecimento, pois “a dialética combina com a hermenêutica, ao aceitar que a lógica é pensamento circular, introduzindo em toda argumentação a impossibilidade de ser concluída” (DEMO, 2008, p. 113), nesse passo, conhecimento, autoria, no sentido forte do termo, não pode ser concluída, pois a sociedade não está, e nunca estará! É processo dialético social, no sentido de sucessivas gerações, e autoral no sentido circular de ler autor para se tornar autor.

 

Considerações Finais

        Autoria é processo dialético de ler autores para se tronar autor, sugerindo isto propomos uma dialética do conhecimento, que é a autoria, é a reconstrução do conhecimento, pois só podemos avançar o conhecimento tendo por insumo o que já está formulado, conhecimento anterior, em dinâmica dialética de desconstrução e reconstrução de conhecimento. Na relação de contrários podemos ver que o contrário do conhecimento é conhecimento novo, (alguns podem dizer que contrario do conhecimento e falta de conhecimento, mas não seria contrario e sim oposto onde não há dialética) reconstruído a partir do insumo anterior, é ler autores para se tornar autor (DEMO, 2015a).

Esta compreensão da metodologia resgata, ao mesmo tempo, o papel insubstituível da universidade e da escola, como lugares privilegiados da construção do conhecimento e da formação da competência inovadora. Significa, entretanto, também crítica radical aos vezos atuais, perdidos na mera transmissão, nas aulas copiadas para ensinar a copiar, na transmissão decorada dos cursinhos de vestibular, nos treinamentos domesticadores que reduzem a todos a meros objetos de aprendizagem. A vida acadêmica autentica é um processo permanente de construção científica, com vistas a formas mais competentes de intervenção na realidade, unindo teoria e prática. (DEMO, 2004, p. 10).

           É o olhar mais longe por estar em ombros de gigantes, em uma relação dialética autoral, partindo do ensino, que é o que temos em nosso sistema de Educação; atingindo qualidade formal, que se relaciona com instrumentos e métodos, que pode despertar a maiêutica questionadora e reflexiva, reconstrutiva de cada indivíduo, brotando o aprendizado para amadurecer o aprender a aprender, que logo se desdobra em autonomia, uma vez emancipado educacionalmente se espera que o sujeito tenha capacidade dialética autoral, contribuindo de forma decisiva para o exercício da cidadania individual e coletiva. Individual por que se emancipou e tem capacidade dialética autoral, é autor da própria vida, e coletiva por que seus escritos vão ajudar no processo autoral de tantos outros, principalmente se perscrutar a tendência dialética com consciência de que seus escritos podem ser para os outros: Inspiração autoral para o exercício da cidadania participativa! Não colocamos uma condição linear para se chegar à autoria, até mesmo porque não seria dialético, é só organização metodológica e maneira de formalizar uma sugestão da dialética autoral, entre tantas outras possíveis.

          Todavia:

O importante é perceber que a dialética possui condições de compreender a sensibilidade histórica humana, ou seja, o fator humano na história, precisamente em sua sutileza, precariedade e pretensão. Sabe explorar caminhos incertos, porque não joga na certeza total. O erro é parte integrante das ciências sociais. Vive na crítica e funda-se na autocrítica. É contra o dogmatismo das certezas e das evidencias; capta a presença do social em ciências, que não se reduz à teoria do conhecimento, mas é também sociologia do conhecimento. E acredita que a realidade é sempre maior que nossas teorias. (DEMO, 1985, p. 80).

          É como colocou Marx quando disse que a ciência procura compreender o mundo, sendo que o movimento não é de compreensão do mundo e sim de modificação. Pensar a dialética do conhecimento na capacidade autoral é movimento de modificação constante, individual e coletivo, uma sociedade que produz conhecimento é crítica e autocrítica, dialética, e possivelmente estará pronta para entrar na disputa mundial pelo desenvolvimento, pois no mundo “aumenta o consenso em torno da convicção de que o manejo e a produção de conhecimento constituem a mais decisiva oportunidade de desenvolvimento” (DEMO, 2004, p. 03) desde que autoral.

 

Referências:

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______, Atividade de aprendizagem: sair da mania do ensino para comprometer-se com a aprendizagem do estudante [recurso eletrônico] / Pedro Demo. Campo Grande, MS: Secretaria de Educação do Estado do Mato Grosso do Sul – SED/MS, 2018. 180 p., 1,27 MB; ePDF

 

______, Desafios modernos da educação / Pedro Demo. – 19. Ed. – Petrópolis, Rj: vozes, 2014.

 

______, Vítima de aula: algumas razões porque não se aprende nas escolas brasileiras. 2017 https://docs.google.com/document/d/e/2PACX-1vQH7iANCrxZj3SdPTuIdqYuibz9beh_eKfiDtY66h3pg0r9l9ps9ziivJhZpqkN4BAvgHpU6EkAbEcv/pub

 

______.pobreza política / Pedro Demo. – São Paulo : Cortez : Autores Associados, 1988. (Coleção polêmicas do nosso tempo)

 

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Gatti, Bernarde Angelina. Políticas Docentes no Brasil: um estado da arte / Bernardete Angelina Gatti, Elba Siqueira de Sá Barreto e Marli Dalmazo de Afonso André. Brasília: UNESCO, 2011. 300 p.

 

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Michel, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais / Maria Helena Michel. – 2. Ed. – São Paulo; Atlas, 2009.

 

 Professor do Brasil: impasses e desafios / Coordenado por Bernadete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto. – Brasília: UNESCO, 2009. 294 p.