DOI: 10.5281/zenodo.5759711

 

Dêis Maria Lima Cunha Silva

Mestra em História - Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Professora de História do Ensino Básico na SEC. De Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia - PB. Contato: deisprofhist.lima@gmail.com


Resumo

Este trabalho discorre sobre os desafios que as mulheres precisaram enfrentar no Brasil oitocentista para seguirem a carreira no magistério. Tem como objetivo principal examinar o contexto social que as mulheres deste período vivenciaram e os obstáculos que enfrentaram para adentrarem o espaço da sala de aula. Aquelas que burlaram as normas impostas e conseguiram se profissionalizar como docentes contribuíram com as mudanças culturais, históricas e sociais do seu tempo. Da mesma forma, discorro como o papel familiar e social delas interferiu em sua inserção nas salas de aula e marcou a trajetória do magistério no Brasil a partir da segunda metade do século XIX, assim, analiso como as relações gênero e poder influenciaram a feminização do trabalho docente nas primeiras fases de ensino e aprendizagem. Esses desafios foram enfrentados até as primeiras décadas do século XX, uma vez que, cabia a elas somente as tarefas do espaço privado, da casa, do lar. Para a sociedade do período em questão, somente os homens precisavam de estudos aprofundados, já que cabia a eles a tarefa de prover as necessidades da casa. Para alcançar os objetivos desta pesquisa fiz uso dos seguintes periódicos: O Sexo Feminino, Revista A Mensageira e O Jornal das Senhoras, que trazem artigos direcionados às mulheres e a importância da formação intelectual destas na sociedade. Por meio dos periódicos as mulheres reivindicaram direitos, não somente a educação superior, assim como o direito de trabalhar fora do espaço doméstico.

Palavras-chave: Magistério. Impressos. Educação. Instrução.