Dêis
Maria Lima Cunha Silva
Mestra em História - Universidade Federal da
Paraíba – UFPB. Professora de História do Ensino Básico na SEC. De Estado da
Educação e da Ciência e Tecnologia - PB. Contato: deisprofhist.lima@gmail.com
Resumo
Este trabalho discorre sobre os desafios que
as mulheres precisaram enfrentar no Brasil oitocentista para seguirem a
carreira no magistério. Tem como objetivo principal examinar o contexto social
que as mulheres deste período vivenciaram e os obstáculos que enfrentaram para
adentrarem o espaço da sala de aula. Aquelas que burlaram as normas impostas e
conseguiram se profissionalizar como docentes contribuíram com as mudanças
culturais, históricas e sociais do seu tempo. Da mesma forma, discorro como o
papel familiar e social delas interferiu em sua inserção nas salas de aula e
marcou a trajetória do magistério no Brasil a partir da segunda metade do
século XIX, assim, analiso como as relações gênero e poder influenciaram a
feminização do trabalho docente nas primeiras fases de ensino e aprendizagem.
Esses desafios foram enfrentados até as primeiras décadas do século XX, uma vez
que, cabia a elas somente as tarefas do espaço privado, da casa, do lar. Para a
sociedade do período em questão, somente os homens precisavam de estudos
aprofundados, já que cabia a eles a tarefa de prover as necessidades da casa.
Para alcançar os objetivos desta pesquisa fiz uso dos seguintes periódicos: O
Sexo Feminino, Revista A Mensageira e O Jornal das Senhoras,
que trazem artigos direcionados às mulheres e a importância da formação
intelectual destas na sociedade. Por meio dos periódicos as mulheres
reivindicaram direitos, não somente a educação superior, assim como o direito
de trabalhar fora do espaço doméstico.
Palavras-chave: Magistério. Impressos. Educação. Instrução.