Antônio Pereira Tavares Neto
Universidade de Pernambuco
califaantonio@gmail.com
RESUMO
A poesia tem zumbidos íntimos que só mesmo o tempo é quem
revela sua travessia. Assim, o presente trabalho busca evocar o Tempo como
ressonância categórica à análise do poema Cronos, da poetiza Elizabeth Hazin.
Um dos objetivos é compreender o papel do tempo assumido no poema de maneira a
percebê-lo na direção de uma divindade mítica uma vez que, ao que parece, rompe
com todas as coisas, tornando-as mais palpáveis. Assim, Cronos é um poema
transitório, jazido na mitologia, maior que a própria intenção, invenção de si
mesmo na poesia de Hazin, o que justifica nossa escrita ao mesmo tempo em que a
torna relevante para uma discussão que vai além da materialidade da poesia em
si. Do ponto de vista teórico recorrem-se às obras as quais descritas: Poética,
de Aristóteles[1]
(2011), O tempo na narrativa, de Benedito Nunes[2] (1995), e Confissões, de
Santo Agostinho[3]
(2001).
Palavras-chave: Cronos.
Mitologia. Transitividade. Elizabeth Hazin.
[1]Aristóteles
é considerado um dos maiores pensadores da Grécia Clássica. Com data de
nascimento incerta, alguns biógrafos acreditam que o filósofo tenha vindo à luz
em 385/384 a.c.
[2]
Benedito José da Costa Viana Nunes (1929-2011), foi filósofo, professor e
crítico literário brasileiro. Considerado com um dos fundadores da Faculdade de
Filosofia do Pará. Posteriormente torna-se professor e membro da Academia de
Filosofia do Pará
[3] Filósofo e teólogo dos primeiros séculos do cristianismo (354 d.c – 430 d.c).