Matheus
Farias Dantas
Graduado em Letras Português pela Universidade
Estadual da Paraíba-UEPB, matheus.fariasdantas@hotmail.com
Tânia
Maria Augusto Pereira
Doutora em Linguística pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Professora efetiva do Departamento de Letras e Artes (DLA) e do Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores (PPGFP) da Universidade Estadual da Paraíba, taniauepb@yahoo.com.br.
RESUMO
Este artigo
aborda a ficção de fã (Fanfiction)
como um gênero do discurso repleto de polifonia e dialogismo, à luz da Análise
do Discurso e da teoria de Bakhtin (1997). Para isso, foi analisada a autoria
das ficções de fã, que são produções colaborativas entre escritor e o
leitor-fã, tido como coautor da obra. O gênero digital Fanfiction foi analisado a partir das relações de forças sociais
existentes na construção da sua mensagem, que confirma, complementa e/ou refuta
aspectos de discursos anteriores. As características desse gênero discursivo
eminentemente digital são descritas, tendo em vista que, muitas delas, foram
herdadas dos folhetins publicados em jornais do século XIX, sendo atualizadas
para os dias atuais como corroboram Pinheiro (2014) e Silveira (2018). Para
expor a dinâmica e a linguagem desse gênero, foram analisadas duas Fanfics (abreviação de Fanfiction) inspiradas nos contos
“Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector (2009) e “Negrinha”, de Monteiro
Lobato (2009), encontrados em um site voltado para a publicação de fic’s (abreviação de Fanfiction). Ademais, buscou-se afirmar
a relevância da ficção de fã ao ser inserida nas práticas didáticas de leitura
e escrita, de maneira a aprimorar as habilidades linguísticas e literárias dos
alunos.
Palavras-chave: Fanfics. Gênero Digital. Leitura e Escrita.