Júlia Lívia Viana França
Técnica em Assuntos
Educacionais no IFCE, Especialista em Coordenação Pedagógica pela Faculdade
Única, Licenciada em Química pela UECE, julia.livia@ifce.edu.br
Resumo: Com a pandemia da Covid-19, foram observadas mudanças na estrutura
pedagógica nas escolas, surgindo novos métodos de acompanhamento e de
intervenção pedagógica. Este trabalho foi desenvolvido no IFCE, campus Tabuleiro
do Norte, durante o ensino remoto
emergencial (ERE), com os discentes dos cursos médio técnico integrado, tendo
como objetivo apresentar uma nova forma de acompanhamento e intervenção
pedagógica, através de reuniões individuais no formato virtual, com o intuito
de oferecer apoio educacional aos discentes que enfrentavam dificuldades na
adaptação com o ensino remoto emergencial, de ofertar orientações pedagógicas
de forma individualizada, buscando compreender a rotina do discente e os seus
anseios enfrentados durante o ensino remoto. A metodologia utilizada foram
reuniões de notificação de desempenho discente, de forma individualizada,
utilizando a ferramenta Google Meet, com os discentes que se encontravam em
situação “crítica” em relação à entrega de atividades escolares, com o intuito
de realizar orientações acerca das práticas pedagógicas e ao findar da reunião,
o membro da equipe pedagógica preenchia a notificação de desempenho discente no
ensino remoto emergencial. Foi realizado um levantamento quantitativo,
utilizando uma coleta de dados, nos 1º, 2º e 3º anos dos cursos médio técnico
integrado em Manutenção Automotiva e Petróleo e Gás, para identificar discentes
em situação “crítica” em relação à entrega das atividades escolares. De acordo
com as reuniões de desempenho discentes realizadas durante o ensino remoto
emergencial no 1º ano dos cursos técnico integrado, as dificuldades mais elencadas pelos
discentes foram: o trabalho, o auxílio nos afazeres domésticos, a desmotivação,
a ausência de rotina de estudo, a dificuldade na compreensão de conteúdos
apresentados no ERE, a ausência de ambiente adequado para estudar e os
problemas familiares, contudo, a mais citada foi a falta de rotina de estudo,
enquanto no 2º ano dos cursos técnico integrado, durante as reuniões, as
dificuldades mais elencadas pelos discentes foram: o trabalho, a desmotivação,
os problemas de conexão, as dificuldades na compreensão de conteúdos
apresentados no ERE, os problemas familiares e os problemas psicológicos,
destacando-se a depressão e a ansiedade, contudo, a mais citada foi inserção no
mercado de trabalho. No 3º ano dos cursos técnico integrado, durante as
reuniões, as dificuldades mais elencadas pelos discentes foram: a ausência de
rotina de estudo, a desmotivação e as dificuldades de compreensão dos conteúdos
apresentados no ERE, contudo, a mais citada foi a falta de rotina de estudo.
Através das orientações pedagógicas fornecidas nestas intervenções, observou-se
que os discentes modificaram suas condutas em relação aos problemas elencados,
sendo respeitada sua individualidade e sua rotina casa/trabalho.
Palavras-chave:
Ensino Remoto Emergencial; Intervenção Pedagógica; Reunião De Desempenho
Discente.