DOI: 10.5281/zenodo.6800516

 

Agemir Bavaresco

Professor do PPG Filosofia e Teologia da PUCRS. https://orcid.org/0000-0002-7967-4109 - E-mail: abavaresco@pucrs.br

 

Danilo Vaz-Curado. R. M. Costa

Professor do Programa de Pós Graduação em Filosofia da Universidade Católica de Pernambuco/Brasil,  email de contato: danilo.costa@unicap.br -  https://orcid.org/0000-0002-3048-1701

 

Resumo: A pesquisa assume como hipótese que a eucaristia para garantir sua atualidade na economia do cristianismo, enquanto presença real de Cristo, precisa ser interpretada de modo relacional e intersubjetivo. Como afirmar a presença real de Cristo na eucaristia através do pão e do vinho em sentido eclesiológico e pneumatólogico? Explicita-se, em primeiro lugar, com base em Zeno Carra as insuficiências do modelo tomista-tridentino para a explicação do fato eucarístico, mostrando os problemas metafísicos da assunção da categoria de substância aristotélica por Tomás de Aquino e as dificuldades teológicas oriundas desta escolha por ele. Ao apresentar os limites da leitura substancialista, estática e dualista, o texto recorre, depois, a Hegel para articular uma leitura ontológica da eucaristia desde bases intersubjetivas e relacionais. Enfim, apresenta-se a ontologia eucarística intersubjetiva como ação pneumatológica que une, ao mesmo tempo, o evento da presença real de Cristo e o ato litúrgico eclesiológico realizado em comunidade.

Palavras-Chave: Ontologia; Eucaristia; Presença real; Substância; Intersubjetivo.