Jorge Alberto Vieira Tavares
Mestrando em Interdisciplinar em
Culturas Populares, UFS
Professor
do Colégio Delta
jtavares@academico.ufs.br
RESUMO
O presente artigo tem como pano de
fundo entender, levando em consideração a trajetória histórica de Aracaju,
os verdadeiros motivos que leva a completa destruição dos manguezais dessa
capital. Assim como nas grandes cidades
brasileiras, em Aracaju este ecossistema vem sendo degradado ao longo de sua
formação histórica: para se ter uma
dessa destruição a própria “construção” da cidade de Aracaju, em 1855, se deu
de forma a ignorar as características ambientais da vasta planície estuarina em
que se situa. Ao estudar o crescimento urbano da cidade, podemos evidenciar que
a degradação se intensificou a partir de meados da década de 1960 com a junção
de forças do setor público e da iniciativa privada que promoveu uma intensa
ocupação do solo urbano da capital do estado de Sergipe. A grandiosidade dos
aterros da primeira metade do século XX deveu-se à busca incessante de novos
acessos e ao desenvolvimento urbano da cidade de Aracaju, notadamente do Bairro
Industrial, Zona Norte da capital. Cumpre lembrar, beneficiaram-se tanto
pessoas de alta renda, que adquiriram habitações das construtoras na porção sul
da cidade; assim como também a população de baixa renda, com as construções
pelo poder público de conjuntos habitacionais na zona norte ou na periférica da
cidade, inclusive em porções da Grande Aracaju.
Palavras-chave: Aracaju; Urbanização; Impactos Ambientais; Manguezal.