DOI: 10.5281/zenodo.6969924

 

Cecilia Vetturazzi

Acadêmica do curso de nutrição da FSG Centro Universitário

 

Joana Zanotti

Nutricionista com graduação em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Mestre em Ciências Médicas e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Membro do corpo docente do Curso de Nutrição e de Enfermagem da FSG Centro Universitário de Caxias do Sul

 

Ana Lúcia Hoefel

Nutricionista com graduação em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Mestre em Bioquímica e doutora em Fisiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Membro do corpo docente do Curso de Nutrição e de Gastronomia da FSG Centro Universitário de Caxias do Sul

 

Resumo: Falta de acesso à alimentação adequada e segura é denominada como insegurança alimentar (IA), que consiste em disponibilidade e/ou acesso limitado a alimentos nutricionalmente adequados e seguros. O presente estudo tem caráter epidemiológico transversal, cuja amostra eram famílias de comunidade de baixa renda atendidos por uma cozinha comunitária. A variável de exposição foi presença de IA, avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Participaram do estudo 39 famílias. Encontrou-se elevada prevalência de IA (84,6%). A maioria (56,4%) delas tinha acesso a frutas, no entanto, as consumiam em um a dois dias na semana, apenas 12,8% referiram ingerir diariamente este grupo de alimentos. Constatou-se também que 82,4% das famílias que não apresentavam risco de Doença Cardiovascular (DCV), apresentavam IA, mas que, 86,4% das famílias tinham pelo menos um morador com risco de DCV. Os dados do presente estudo apontam que existe elevada presença de IA nessa população e faz-se necessário o estabelecimento de estratégias de educação alimentar e nutricional a fim de promover o aumento do consumo de frutas, verduras e legumes, uma vez que, as famílias, apesar de ter acesso a esses alimentos por meio da cozinha, não os consome de forma regular. A pandemia de COVID-19, iniciada após a coleta de dados desse trabalho, pode agravado a situação, portanto, mais estudos com essa população devem ser conduzidos.

Palavras-chave: Insegurança Alimentar. Obesidade. Doenças Cardiovasculares.