Cecilia Vetturazzi
Acadêmica do curso de nutrição da FSG
Centro Universitário
Joana Zanotti
Nutricionista com graduação em Nutrição
pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Mestre em Ciências Médicas e
doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Membro do corpo docente do Curso de Nutrição e de Enfermagem da FSG Centro
Universitário de Caxias do Sul
Ana Lúcia Hoefel
Nutricionista com graduação em Nutrição
pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Mestre em Bioquímica e doutora em
Fisiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Membro do corpo
docente do Curso de Nutrição e de Gastronomia da FSG Centro Universitário de
Caxias do Sul
Resumo:
Falta de acesso à alimentação adequada e segura é denominada como insegurança
alimentar (IA), que consiste em disponibilidade e/ou acesso limitado a
alimentos nutricionalmente adequados e seguros. O presente estudo tem caráter
epidemiológico transversal, cuja amostra eram famílias de comunidade de baixa
renda atendidos por uma cozinha comunitária. A variável de exposição foi
presença de IA, avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
(EBIA). Participaram do estudo 39 famílias. Encontrou-se elevada prevalência de
IA (84,6%). A maioria (56,4%) delas tinha acesso a frutas, no entanto, as
consumiam em um a dois dias na semana, apenas 12,8% referiram ingerir
diariamente este grupo de alimentos. Constatou-se também que 82,4% das famílias
que não apresentavam risco de Doença Cardiovascular (DCV), apresentavam IA, mas
que, 86,4% das famílias tinham pelo menos um morador com risco de DCV. Os dados
do presente estudo apontam que existe elevada presença de IA nessa população e
faz-se necessário o estabelecimento de estratégias de educação alimentar e
nutricional a fim de promover o aumento do consumo de frutas, verduras e
legumes, uma vez que, as famílias, apesar de ter acesso a esses alimentos por
meio da cozinha, não os consome de forma regular. A pandemia de COVID-19,
iniciada após a coleta de dados desse trabalho, pode agravado a situação,
portanto, mais estudos com essa população devem ser conduzidos.
Palavras-chave: Insegurança Alimentar. Obesidade. Doenças Cardiovasculares.