Evanilson
Alves de Sá
Doutorando em Ciências da Religião (UNICAP).
Professor na Autarquia Educacional de Serra Talhada – PE/AESET. E-mail:
evanilsonadv@gmail.com
Wellcherline
Miranda Lima
Doutora
em Ciências da Religião (UNICAP). Atua na Secretaria de Educação e Esportes de
Pernambuco. E-mail: wellcherline@gmail.com
Resumo: O artigo tem por objetivo discutir sobre o
sincretismo religioso, somado à matriz teórica de análise sobre o sincretismo
religioso à categoria teórica do diacretismo, em vista aos trânsitos religiosos
de índios cristianizados. Pressupõe-se que o sincretismo não se apresenta
apenas em relação à experiência religiosa, mas em toda e qualquer experiência
cultural, inclusive nos povos indígenas. A pesquisa foi realizada na aldeia do
povo Pankaiwka. Os índios Pankaiwka habitam no Distrito da Volta do Moxotó,
Município de Jatobá, Semiárido de Pernambuco, região denominada Submédio do
Sertão do São Francisco, inseridos em contextos jurídico-políticos e étnicos,
desde 1999, com o reconhecimento da Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Os
percursos teórico-metodológicos se alicerçam em estudos desenvolvidos por
Hervieu-Léger (2008), Lévinas (2005), Reis (2018), com foco em análises sobre o
fenômeno de recomposição e reconfiguração das crenças. Narrativas de nativos,
aportadas em estudos de matriz etnográfica, denotam as relações entre o
pesquisador e os sujeitos da pesquisa, considerando-se, para tanto, o esforço
do pesquisador em se colocar no mesmo horizonte epistêmico dos indivíduos ou
grupos sociais que vivenciam o caso em estudo. Nesse contexto, depreende-se a
“constituição da alteridade” do nativo, materializada no lugar no qual o
pesquisador realiza suas reflexões. A pesquisa apresenta elementos substanciais
à compreensão da dinâmica religiosa daquele grupo étnico, inclusive,
possibilita o entendimento sobre o sincretismo religioso em contextos
diacríticos dentro do universo pesquisado.
Palavras-chave: Religião. Sincretismo. Diacretismo. Indígena. Etnografia. Trânsito Religioso. Fenômeno Religioso.