Marcos Guedes Vaz Sampaio
Doutor
em História Econômica (USP), economista (UFBA) e professor associado do
IHAC/UFBA. E-mail: mguedesihac@gmail.com
Resumo
O
presente artigo busca analisar o debate econômico atualmente em curso no Brasil
sobre o modelo a ser adotado no pós-pandemia, a partir de suas correntes
majoritárias, a neoclássica conservadora e a desenvolvimentista. A primeira,
traduzida, sobretudo, nos postulados da Escola de Chicago, e que recebeu a alcunha
de neoliberal; a segunda, referente ao resgate do nacional-desenvolvimentismo
sob vestes mais contemporâneas, do novo desenvolvimentismo. Por fim, há a
observação de que é possível encontrar uma zona de convergência entre os pontos
centrais defendidos por essas correntes. Para alcançar este objetivo, o texto
discorre, de maneira panorâmica, pelos eventos que levaram à fragilização
hodierna do modelo neoliberal e, consequentemente, da globalização, a partir
dos tíbios resultados sociais e econômicos para a maioria das nações,
reforçados pelo deslocamento do centro dinâmico da economia-mundo para a Ásia e
pela emergência da Crise de 2008. Este cenário provocou o ressurgimento do
nacionalismo político e econômico no decurso da última década, agudizado pela
eclosão da pandemia do novo coronavírus.
Palavras-chave: Pandemia; economia; Brasil.