DOI: 10.5281/zenodo.7157036

 

Marcos Guedes Vaz Sampaio

Doutor em História Econômica (USP), economista (UFBA) e professor associado do IHAC/UFBA. E-mail: mguedesihac@gmail.com

 

Resumo

O presente artigo busca analisar o debate econômico atualmente em curso no Brasil sobre o modelo a ser adotado no pós-pandemia, a partir de suas correntes majoritárias, a neoclássica conservadora e a desenvolvimentista. A primeira, traduzida, sobretudo, nos postulados da Escola de Chicago, e que recebeu a alcunha de neoliberal; a segunda, referente ao resgate do nacional-desenvolvimentismo sob vestes mais contemporâneas, do novo desenvolvimentismo. Por fim, há a observação de que é possível encontrar uma zona de convergência entre os pontos centrais defendidos por essas correntes. Para alcançar este objetivo, o texto discorre, de maneira panorâmica, pelos eventos que levaram à fragilização hodierna do modelo neoliberal e, consequentemente, da globalização, a partir dos tíbios resultados sociais e econômicos para a maioria das nações, reforçados pelo deslocamento do centro dinâmico da economia-mundo para a Ásia e pela emergência da Crise de 2008. Este cenário provocou o ressurgimento do nacionalismo político e econômico no decurso da última década, agudizado pela eclosão da pandemia do novo coronavírus.

Palavras-chave: Pandemia; economia; Brasil.