Gildeci Batista Alves Pinheiro
Assistente Social, Mestre em
Serviço Social, gildecibapinheiro@gmail.com
Caroline Araújo Lemos Ferreira
Psicóloga, Mestre em Ensino na
Saúde e Mestre em Psicologia, carolpsilemos@gmail.com
Resumo:
Perder um bebê
oferece consequências imediatas à família que trazia em seus planos o sonho e o
desejo da maternidade. O luto é uma questão social que demanda visibilidade social e
política, sendo necessário repensar a assistência multiprofissional no Sistema
Único de Saúde para fazer valer os direitos da mãe e do pai enlutado.
Objetiva-se, portanto, compartilhar a experiência de um projeto que visa
promover o cuidado integral à mulher diante da perda gestacional e neonatal,
por meio do acolhimento humanizado do processo de enlutamento. O grupo de apoio
acontece em uma maternidade escola, de forma quinzenal, e oferece um espaço de
acolhimento para o processo de luto e compartilhamento de estratégias de mães e
familiares. O relato conta com a descrição das atividades de ensino-serviço com
discentes de graduação e pós-graduação e com ações de sensibilização para o
cuidado com o luto parental e suas repercussões para a família. O luto gestacional e
neonatal demanda uma assistência especial, com vistas ao estabelecimento de uma
rede de apoio, encorajamento e confiança, e uma assistência capaz de favorecer
a adaptação à perda com a busca pela promoção da saúde integral. A escuta
do processo do luto nos traz elementos reflexivos sobre o desafio e o papel
social dos profissionais de saúde na abordagem dos casos de perda gestacional e
neonatal. Ademais, a forma de acolher fica registrada podendo contribuir como
elemento facilitador ou não no processo de enlutamento.
Palavras-chave: Perda gestacional. Luto parental. Profissionais de Saúde.