Laiza Ellen Gois Sousa[1]
ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-2879-352X.
Mestra
em Psicologia UFRRJ.
Professora
no Centro Universitário Augusto Motta.
[1]
Mestra em Psicologia Social e Psicóloga pela Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Professora do Departamento de Psicologia do Centro
Universitário Augusto Motta (UNISUAM).
E-mail: laizaesousa@gmail.com.
Resumo: O presente artigo trata-se de um
recorte de um estudo que avaliou os efeitos de uma intervenção psicológica
grupal, de base existencial, na melhoria do autocuidado, da autoestima e da
autoavaliação de saúde em idosos no contexto de pandemia por COVID-19. A
intervenção foi realizada de modo online, com dez encontros semanais.
Participaram cinco idosos, do Rio de Janeiro, de ambos os sexos, com idades
entre 63 e 77 anos. Dentre os constructos que influenciaram a forma como o
senescente avaliou sua saúde diante do enfrentamento da pandemia, destaca-se a
espiritualidade. Percebeu-se que a espiritualidade atuou para uma percepção de
saúde positiva e no auxilio de enfrentamento neste contexto. Mediante a
situação de isolamento obrigatório que os participantes foram submetidos, foram
evidenciadas características como o medo da contaminação do vírus, medo da
própria morte e da morte de pessoas próximas, e angústia diante do isolamento.
No entanto, um dos fatores que contribuiu para a manutenção de saúde no
contexto de pandemia foi a presença da espiritualidade. Todos os participantes
tinham práticas específicas para exercício de sua espiritualidade. Nos
encontros, quando questionados como avaliavam a própria saúde, responderam que
percebiam sua saúde como boa ou ótima. Ao que justificavam que apesar da
situação vivenciada, estavam bem e que a fé e esperança de que a situação iria
passar lhes fortaleciam. Assim, entende-se que um grupo de intervenção que
foque em saúde e espiritualidade pode ser uma estratégia inovadora de promoção
de saúde na velhice.
Palavras-chave: Envelhecimento. Saúde. Espiritualidade.