Arthur
Silva de Andrade
Graduado em Psicologia pelo Centro
Universitário Estácio do Recife, Pós-Graduado em Psicanálise Clínica Freudiana
pelo Instituto de Psicanálise do Recife e Mestrando em Educação pela UFPE.
Luis
Felipe Silva Barbosa Cabral
Graduado em Psicologia pelo Centro
Universitário Estácio do Recife e Pós-Graduado em Psicanálise Clínica Freudiana
pelo Instituto de Psicanálise do Recife.
RESUMO
A cultura reúne as formas de pensar,
sentir e agir de uma sociedade, por meio da comunicação, da cooperação e da
repetição dessas ações toda cultura tende a adotar como certos alguns
comportamentos e práticas e rechaçar outros. À vista disso, a violência de
gênero resulta da internalização das estruturas históricas de dominação
masculina, presentes na sociedade e incorporadas às estruturas cognitivas e
sociais de mulheres e homens. Assim, este trabalho origina-se de um problema
cultural: a violência doméstica contra a mulher. Logo, enquanto revisão bibliográfica, realizou-se uma leitura
psicanalítica do fenômeno. Enquanto objetivo geral, este estudo buscou:
investigar se existe relação entre a deterioração da imago paterna enquanto um
possível fator à violência conjugal contra a mulher. Assim, enquanto objetivos específicos, buscou: definir violência para a
psicanálise; descrever as representações
da sexualidade feminina, imagens e metáforas acerca da construção de significados sobre a mulher e bem como concernir a deterioração da imago paterna, sua origem e os seus desdobramentos na atualidade. Por fim, constatou-se que
esse tipo de violência é também resultado do
lugar em que o homem ocupa no discurso moderno, suas transformações e os
deslocamentos ocorridos neste lugar e a mulher enquanto ocupante da posição de assujeitamento, resultante de um abandono
do lugar de causar o desejo de um homem.
Palavras-chave: Violência doméstica. Gênero. Estruturas cognitivas. Imago paterna. Psicanálise.