DOI: 10.5281/zenodo.8035021

 

Eliane Paganini da Silva

Doutora em Educação pela Unesp-Marília. Professora Adjunta da Universidade Estadual do Paraná (Unespar-Apucarana). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva (PROFEI). E-mail: elianep@unespar.edu.br

 

RESUMO

O presente trabalho discorre sobre os aspectos necessários para pensar o desenvolvimento e a prática docente tendo em vista o referencial piagetiano. Muito se discute e se menciona a identidade do professor como um processo importante nas relações teórico-práticas bem-sucedidas, porém pouco se conceitua o processo de aquisição da identidade profissional. Para traçar uma pequena reflexão acerca da temática optamos por recorrer a pesquisa bibliográfica. Nortearam nossas indagações quanto ao saber docente, como este é construído ao longo da existência do professor, ou melhor, de sua carreira. E como seria esta construção? E ainda, o que é ser professor? A imagem e auto-imagem sob a qual o docente se encontra reconhecido socialmente e/ou atribuído socialmente a ele, acaba por indicar quais as funções os professores se atribuem ou são atribuídas a ele, sendo esse ponto crucial da perspectiva identitária dos docentes. Os resultados indicam que muito professores podem se mostrar confusos quanto a sua identidade profissional docente, se concentrando em um nível intermediário de tomada de consciência. Esse processo é passível de mudança já que se dá por meio similar ao desenvolvimento descrito por Piaget acerca do desenvolvimento dos indivíduos. Portanto, obedece a alguns graus de consciência, sendo o primeiro deles o que está ligado às ações, o segundo aos conceitos e, finalmente, o terceiro, em que ocorre uma abstração refletida, sendo que neste o indivíduo, além de conceituar, reflete sobre os próprios conceitos e faz uso destes para a realização das ações.

Palavras-chave: Desenvolvimento profissional docente; Identidade do professor; trabalho docente.