DOI: 10.5281/zenodo.8233630

 

Vaneza Pereira Narciso

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, UNIMAM, Bahia, vanezanarciso@gmail.com

 

RESUMO

A literatura de autoria feminina vem se destacando na contemporaneidade. Ler os manuscritos de mulheres negras é intrigante e causa certa estranheza quando observar-se que a autoria literária é feminina, negra e pobre. Este artigo objetiva entender se a escrita e a vivência de Carolina Maria de Jesus, na obra Quarto de Despejo, trazem contribuições para a compreensão da literatura contemporânea sob perspectivas críticas da realidade do Brasil naquela época. Justifica-se tal análise pelo seguinte: ascensão contemporânea da literatura feminina negra e o pioneirismo de Carolina na estética literária negra a partir do cotidiano e memórias. A pesquisa é qualitativa com procedimentos bibliográficos e documental. Conclui-se que o ato da escrita de autoria feminina é subversivo e devido ao lugar de fala da autora, sua mensagem ganha amplitude e ecoa até os nossos dias motivando outras mulheres a serem protagonistas da sua própria história.

Palavras-chave: Literatura Marginal. Mulheres. Escrevivência. Quarto de Despejo.