Vaneza Pereira Narciso
Mestranda no Programa de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, UNIMAM, Bahia,
vanezanarciso@gmail.com
RESUMO
A
literatura de autoria feminina vem se destacando na contemporaneidade. Ler os
manuscritos de mulheres negras é intrigante e causa certa estranheza quando
observar-se que a autoria literária é feminina, negra e pobre. Este artigo
objetiva entender se a escrita e a vivência de Carolina Maria de Jesus, na obra
Quarto de Despejo, trazem contribuições para a compreensão da literatura
contemporânea sob perspectivas críticas da realidade do Brasil naquela época.
Justifica-se tal análise pelo seguinte: ascensão contemporânea da literatura
feminina negra e o pioneirismo de Carolina na estética literária negra a partir
do cotidiano e memórias. A pesquisa é qualitativa com procedimentos
bibliográficos e documental. Conclui-se que o ato da escrita de autoria
feminina é subversivo e devido ao lugar de fala da autora, sua mensagem ganha
amplitude e ecoa até os nossos dias motivando outras mulheres a serem
protagonistas da sua própria história.
Palavras-chave: Literatura Marginal. Mulheres. Escrevivência. Quarto de Despejo.