DOI: 10.5281/zenodo.13825702

 

Ana Paula Alves da Silva

Graduanda Medicina

 

Mauricio Serejo Machado

Graduando Medicina

 

RESUMO

Vyvanse, cujo princípio ativo é a lisdexanfetamina, é um medicamento psicoestimulante aprovado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e do Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA). Nos últimos anos, seu uso tem se expandido para além das indicações médicas, com muitos estudantes utilizando-o para melhorar o desempenho acadêmico. A eficácia do Vyvanse para estudantes sem TDAH está relacionada à sua capacidade de aumentar os níveis de dopamina e norepinefrina no cérebro, neurotransmissores envolvidos na atenção e concentração. Relatos de usuários indicam uma melhoria significativa na capacidade de focar, aumentar o tempo de vigília e melhorar o desempenho acadêmico. No entanto, é crucial destacar que o uso de Vyvanse sem prescrição médica pode trazer vários riscos. Os efeitos adversos incluem insônia, aumento da pressão arterial, ansiedade, irritabilidade e, em casos mais graves, problemas cardíacos. O uso prolongado pode levar à dependência e tolerância, exigindo doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Além disso, a automedicação com Vyvanse pode mascarar sintomas de outras condições de saúde e dificultar o diagnóstico adequado. O uso indiscriminado entre estudantes também levanta preocupações éticas e legais, uma vez que o medicamento é controlado e seu uso sem prescrição é ilegal. Portanto, enquanto alguns estudantes relatam benefícios no uso de Vyvanse para melhorar o desempenho acadêmico, os riscos associados ao uso não prescrito superam os benefícios percebidos. É fundamental que o uso de qualquer psicoestimulante seja sempre supervisionado por um profissional de saúde, garantindo a segurança e o bem-estar dos usuários.

Palavras-chave: Psicoestimulantes; Metilfenidato; Estudantes; Uso indiscriminado.