DOI:10.5281/zenodo.14948393

 

Giovanna Barbosa Soares

Graduanda em História/licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Bolsista do Programa Institucional de Iniciação à Pesquisa (PIBIC) pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e membro dos grupos de pesquisa “Núcleo de Estudos e Pesquisa de Gênero, Sexualidade e Família” (NEGESF/UEMA) e “Núcleo de Estudo de História das Américas” (NEHA/UEMA), e-mail: giovannasoares1620@gmail.com

 

Débora Maria de Andrade Santos

Graduanda em História/licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), e-mail: debora.m.andrade.s@gmail.com

 

Carlos Alberto Ximendes

Minicurrículo do autor: Graduado em História pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Mestre em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), coordenador de área do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBID) do curso de História pela CAPES, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Centro, e-mail: caximendes@yahoo.com.br

 

RESUMO

O presente artigo analisa a historicidade da Casa das Minas a partir das relações étnico-raciais no que se refere à troca entre africanos e maranhenses, enfatizando os resultados dessa ligação na contemporaneidade. Nesse sentido, pretende-se destacar a afro-religiosidade e o sincretismo religioso praticado na Casa, o que caracteriza a conexão entre os voduns e os santos oriundos do catolicismo essenciais para o estudo da referida pesquisa. Além disso, com o intuito de traçar um panorama histórico, torna-se imprescindível desvendar a trajetória de Nã Agontimé, rainha daomeana e fundadora da Casa das Minas em meados do século XIX na cidade de São Luís, expondo, dessa forma, a relação entre a África e o Maranhão. Assim, a metodologia utilizada para a elaboração do artigo consistiu em uma pesquisa bibliográfica qualitativa baseada nas análises dos trabalhos produzidos por estudiosos da Casa das Minas, além dos estudos no tocante às relações étnico-raciais atrelados à linguagem afro-maranhense. Ademais, ver-se-á a relação do centro religioso com a comunidade local da Madre Deus, abordando seu vínculo com os moradores e com os alunos da escola integrada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), a fim de aplicar métodos de ensino atrelados à realidade cultural dos educandos, de modo que aprofunde reflexões, alcance a educação antirracista e a participação da escola no combate à intolerância religiosa e implementação das Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. Nesse contexto, observou-se a pluralidade dos aspectos históricos, linguísticos e religiosos compreendidos na Casa, além da sua conexão com o bairro da Madre Deus, o que possibilitou consolidar abordagens de ensino atrelados a essa relação. Por fim, os métodos adotados contribuíram para a conscientização e provocaram nos alunos o sentimento de pertencimento à comunidade, além de desmistificar estereótipos e combater preconceitos.

Palavras-chave: Casa Das Minas. Madre Deus. Relações étnico-raciais.