Giovanna Barbosa Soares
Graduanda em
História/licenciatura pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Bolsista
do Programa Institucional de Iniciação à Pesquisa (PIBIC) pela Fundação de
Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão
(FAPEMA) e membro dos grupos de pesquisa “Núcleo de Estudos e Pesquisa de
Gênero, Sexualidade e Família” (NEGESF/UEMA) e “Núcleo de Estudo de História
das Américas” (NEHA/UEMA), e-mail: giovannasoares1620@gmail.com
Débora Maria de Andrade Santos
Graduanda em História/licenciatura pela
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), e-mail: debora.m.andrade.s@gmail.com
Carlos Alberto Ximendes
Minicurrículo do autor: Graduado em História pela Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), Mestre em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho (UNESP), Doutor em História pela Universidade Federal
Fluminense (UFF), coordenador de área do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica (PIBID) do curso de História pela CAPES, Universidade
Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Centro, e-mail: caximendes@yahoo.com.br
RESUMO
O
presente artigo analisa a historicidade da Casa das Minas a partir das relações
étnico-raciais no que se refere à troca entre africanos e maranhenses,
enfatizando os resultados dessa ligação na contemporaneidade. Nesse sentido,
pretende-se destacar a afro-religiosidade e o sincretismo religioso praticado
na Casa, o que caracteriza a conexão entre os voduns e os santos oriundos do
catolicismo essenciais para o estudo da referida pesquisa. Além disso, com o
intuito de traçar um panorama histórico, torna-se imprescindível desvendar a
trajetória de Nã Agontimé, rainha daomeana e fundadora da Casa das Minas em
meados do século XIX na cidade de São Luís, expondo, dessa forma, a relação
entre a África e o Maranhão. Assim, a metodologia utilizada para a elaboração
do artigo consistiu em uma pesquisa bibliográfica qualitativa baseada nas
análises dos trabalhos produzidos por estudiosos da Casa das Minas, além dos
estudos no tocante às relações étnico-raciais atrelados à linguagem
afro-maranhense. Ademais, ver-se-á a relação do centro religioso com a
comunidade local da Madre Deus, abordando seu vínculo com os moradores e com os
alunos da escola integrada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID), a fim de aplicar métodos de ensino atrelados à realidade
cultural dos educandos, de modo que aprofunde reflexões, alcance a educação
antirracista e a participação da escola no combate à intolerância religiosa e
implementação das Leis Federais nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. Nesse
contexto, observou-se a pluralidade dos aspectos históricos, linguísticos e
religiosos compreendidos na Casa, além da sua conexão com o bairro da Madre
Deus, o que possibilitou consolidar abordagens de ensino atrelados a essa
relação. Por fim, os métodos adotados contribuíram para a conscientização e
provocaram nos alunos o sentimento de pertencimento à comunidade, além de
desmistificar estereótipos e combater preconceitos.
Palavras-chave: Casa Das Minas. Madre Deus. Relações étnico-raciais.